Nada a ler. Já era!!!
Quando comecei este blog pensava diferente. Hoje mudei. Não lembro porque criei este blog. Lembro do nome: Nada a ler. Achava que passaria o resto da vida, ou o resto deste blog postando fotografias apenas. Pensava que a fotografia fosse quadro de madame colocar na parede da sala de visitas. Não me dava conta que pensava dessa maneira. Tivesse ouvido isso de alguém teria mandando a merda. Afinal o que faço não seria para estar na sala de visita, ainda mais de madame. Hoje tanto faz. Pode estar, mas quero algo que não possa estar. Tudo tanto faz. Hoje vejo como era tacanha a fotografia como pensava. "A" fotografia. E pior, caia no egodo de que uma imagem vale por mil palavras, não vale. Não pensei muito a respeito disso.
As coisas começaram a mudar quando percebi que entendia alguns trabalhos realizados com fotografia desde histórias que havia estudado em outros lugares como a sociologia, filosofia e história. Tomei uma rasteira quando passei a gostar de alguns trabalhos que [não] eram representativos dA fotografia, mas que eram capazes de articular algumas idéias. Via muitos trabalhos de agências tipo Magnum, VU, VII. Era sempre um sentimento meio confuso: gostava de alguns trabalhos, mas, por outro lado, restava em muitos algo de superfial. Pareciam conclusões precipitadas, ou nem precipitadas, pré-conceitos. Agora ando bastante cansado destes trabalhos, ainda mais daqueles que misturam uma cara comercial e são intitulados de autorais. Como se realizar um trabalho com fotografia e com fotografia bonita bastasse. O que basta, ou o que deveria bastar seriam as idéias. Essas são, ou deveriam ser, o motor propulsor de trabalhos autorais pouco importando se com fotografia, escultura, video, performance, ou qualquer coisa com qualquer nome. Idéias interessantes, intrigantes que sejam organizadas esteticamente também de forma interessante, intrigante.
até logo
Felipe Prando
Quando comecei este blog pensava diferente. Hoje mudei. Não lembro porque criei este blog. Lembro do nome: Nada a ler. Achava que passaria o resto da vida, ou o resto deste blog postando fotografias apenas. Pensava que a fotografia fosse quadro de madame colocar na parede da sala de visitas. Não me dava conta que pensava dessa maneira. Tivesse ouvido isso de alguém teria mandando a merda. Afinal o que faço não seria para estar na sala de visita, ainda mais de madame. Hoje tanto faz. Pode estar, mas quero algo que não possa estar. Tudo tanto faz. Hoje vejo como era tacanha a fotografia como pensava. "A" fotografia. E pior, caia no egodo de que uma imagem vale por mil palavras, não vale. Não pensei muito a respeito disso.
As coisas começaram a mudar quando percebi que entendia alguns trabalhos realizados com fotografia desde histórias que havia estudado em outros lugares como a sociologia, filosofia e história. Tomei uma rasteira quando passei a gostar de alguns trabalhos que [não] eram representativos dA fotografia, mas que eram capazes de articular algumas idéias. Via muitos trabalhos de agências tipo Magnum, VU, VII. Era sempre um sentimento meio confuso: gostava de alguns trabalhos, mas, por outro lado, restava em muitos algo de superfial. Pareciam conclusões precipitadas, ou nem precipitadas, pré-conceitos. Agora ando bastante cansado destes trabalhos, ainda mais daqueles que misturam uma cara comercial e são intitulados de autorais. Como se realizar um trabalho com fotografia e com fotografia bonita bastasse. O que basta, ou o que deveria bastar seriam as idéias. Essas são, ou deveriam ser, o motor propulsor de trabalhos autorais pouco importando se com fotografia, escultura, video, performance, ou qualquer coisa com qualquer nome. Idéias interessantes, intrigantes que sejam organizadas esteticamente também de forma interessante, intrigante.
até logo
Felipe Prando
1 comment:
"se tiende a pensar la fotografía como un documento o como una composición artística;ambas finalidades se confunden a veces en una sola: el documento es bello, o su valor estético contiene un valor histórico o cultural. Entre esa doble propuesta o intención se desliza algunas veces lo insólito como el gato que salta a un escenario en plena representación, o como aquel gorrioncito que una vez, cuando era joven, voló largo rato sobre la cabeza de Yehudi Menuhin que tocaba Mozart en teatro de Buenos Aires. (Después de todo no era tan insólito; Mozart es la prueba perfecta de que el hombre puede hacer alianza con el pájaro)."
(Julio Cortazar, Ventanas a lo insólito).
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